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Fechamento Lateral

Fechamento Lateral – Condomínio de Barracões Guatupê

São José dos Pinhais

Coberturas verdes: frescor e alimento

Coberturas Verdes

A cobertura verde é uma solução para o plantio no fechamento superior das edificações (lajes e telhados). Essa solução é extremamente benéfica aos grandes centros urbanos que enfrentam os problemas das ilhas de calor, poluição ambiental e enchentes causadas pelo ineficiente escoamento das águas pluviais. Para a instalação de coberturas verdes, duas tecnologias principais estão disponíveis:

Instalação in loco

Os componentes são instalados no local, por meio de camadas fixas que permitem o perfeito desempenho do conjunto. Uma instalação in locco básica possui as camadas de impermeabilização da laje, drenagem e captação da água, manta geotêxtil, camada de estabilização das raízes, colmeia com substrato, camada de cobertura com substrato e plantas forrageiras.

Instalação Modular

Os componentes são instalados em módulos mediante estruturas especiais, possibilitando a criação de um colchão de ar entre as placas de plantio e a laje impermeabilizada. Nesse sistema, os módulos podem ser retirados para manutenção e substituição.

Você sabia?

A cobertura verde:

1) Ameniza a incidência das ilhas de calor no meio urbano devido às propriedades ambientais da vegetação, tais como: a retenção de umidade e o sequestro de CO2;
2) Retarda e cria uma reserva de água da chuva para o aproveitamento;
3) Reduz a quantidade e velocidade das águas liberadas nas calçadas, reduzindo as enchentes;
4) É um excelente recurso para a climatização natural dos edifícios; e
5) É uma alternativa para a produção de alimentos no ambiente urbano (VIGGIANO, 2008).

Telhados Ecologicos

Os telhados ecológicos e os jardins nos telhados existem há milhares de anos, lembra dos jardins suspensos da Babilônia (uma das sete maravilhas do mundo)? Usavam um elaborado sistema de irrigação para criar um jardim paradisíaco com terraço ao lado de fora da atual Bagdá. Europeus do norte já escolheram telhados tradicionais de grama para isolar as casas. Hoje em dia, os telhados ecológicos são predominantes ou obrigatórios em algumas partes da Europa. Na Alemanha, 14% de todos os telhados são ecológicos.

Uma vista aérea da maioria das áreas urbanas apresenta uma variedade de coberturas de asfalto, alcatrão preto e cascalho. O calor irradia de telhados escuros e a água passa pelas superfícies duras e, de preferência, impermeáveis. Existe uma nova tendência que quebra a monotonia dos telhados comuns: as coberturas ecológicas. Há muito tempo populares na Europa, elas começaram a atrair a atenção de proprietários de imóveis, comércios e, até mesmo, de cidades como uma maneira interessante de promover o ambientalismo enquanto resolvem os problemas dos telhados convencionais.

Por que usar telhados ecológicos?

1.Por que eles substituem uma infra-estrutura pesada por uma que não só é mais eficiente como também é mais bonita e útil; 2. As coberturas ecológicas servem de refúgio para as pessoas que trabalham em escritórios, e são lugares para plantar jardins ou para que as pessoas que moram em prédios possam relaxar; 3. Mesmo onde eles não são acessíveis, criam belas vistas aéreas para os vizinhos ao redor e são lugares isolados e seguros para animais selvagens; 4. Reduzem os custos de energia com isolamento natural; 5. Absorvem a água da chuva, diminuindo a necessidade de sistemas de drenagem complexos e caros: 6. Aumentam a qualidade do ar (numa escala mais alta) e ajudam a reduzir o efeito da Ilha de Calor Urbana (um fenómeno em que o crescimento das cidades e dos subúrbios faz que o calor seja absorvido e armazenado); 7. Esses telhados duram mais do que os convencionais.

As camadas de um telhado ecológico precisam, como as de qualquer outro telhado, favorecer a drenagem e proteger a construção dos elementos da natureza por meio de uma membrana à prova d’água. Elas também precisam, no entanto, criar uma área de crescimento e oferecer apoio, irrigação e barreiras para a proteção das raízes, ao mesmo tempo que se mantêm o mais leve possível.

Existem dois tipos de telhados ecológicos:

1. Intensivos são basicamente parques elevados. Conseguem sustentar arbustos, árvores, passagens e bancos com suas camadas para suporte estrutural complexo, irrigação, drenagem e proteção das raízes. Existem apenas por seus benefícios ambientais e não funcionam como jardins de cobertura acessíveis. A média de crescimento de 0,31 m, ou mais, é necessária para um telhado ecológico intensivo cria um peso de 36 a 68 kg por 0,09 m²;

2. Extensivos são relativamente leves, com o peso de 7 a 23 kg por 0,09 m². Sustentam uma cobertura de solo nativo forte que exige pouca manutenção.

Não é novidade, cada dia as cidades ficam mais quentes, o planeta passa por um aquecimento, as mudanças climáticas, arquitetura e impermeabilização do solo causam a ICU (Ilha de Calor Urbana). O fenômeno cria uma ilha térmica onde a temperatura pode variar até +10 graus Celsius, nas cidade de clima frio esse fenômeno se torna benéfico, pois as ilhas de calor se formam a noite, reduzindo a necessidade de sistemas de aquecimento. Entretanto em regiões tropicais a ICU se forma durante o dia, o que não é bom, pois aumenta e muito a necessidade de ar-condicionado nas casas ou prédios.

A instalação de um telhado ecológico começa em U$ 88,00/m², infelizmente bem superior aos U$ 13,00/m² do telhado convencional, mas deixando de lado os fatores econômicos os benefícios são enormes.

Os telhados ecológicos, são uma ótima solução para reduzir a temperatura interna, um telhado convencional pode ter em sua superfície 32 graus Celsius ACIMA da temperatura do ar, ao passo que os telhados ecológicos podem ficar até mais frios. Depois de preparar o telhado ou laje, são fixados os módulos que necessitam de irrigação manual ou as lâminas que garantem um suprimento de água ao telhado.

Os benefícios dos telhados ecológicos estão encorajando proprietários de imóveis, comércios e cidades preocupadas com o meio ambiente a construírem coberturas ecológicas. Esses telhados evitam que a água escoe e que o esgoto transborde.

A vegetação e o solo agem como esponjas, absorvendo e filtrando a água que normalmente formaria goteiras e encheria ruas poluídas e sistemas de esgoto sobrecarregados. As plantas do telhado ecológico removem as partículas do ar, produzem oxigênio e oferecem sombra. Usam energia calorífica durante a evapotranspiração, processo natural que resfria o ar à medida que a água evapora das folhas da planta. A evapotranspiração e a sombra produzidas pelas plantas ajudam a eliminar o efeito da Ilha de Calor Urbana criado pelo excesso de superfícies reflexivas e impermeáveis nas cidades e nos subúrbios. Se os telhados ecológicos se tornarem uma iniciativa comum nas construções, as cidades podem reduzir os efeitos incômodos das Ilhas de Calor Urbanas.

Uma das coberturas ecológicas mais famosas dos EUA, City Hall de Chicago, ajuda a resfriar o prédio e a minimizar o escoamento de água. Reúne sistemas extensivos, intensivos e intermediários semi-intensivos em um telhado reformado. Complementa a vegetação tradicional sem atrapalhar a infra-estrutura urbana – pega um espaço abandonado e o torna útil. O programa piloto City Hall do Deptº de Meio Ambiente da cidade de Chicago promoveu o esforço da cidade inteira para apoiar os sistemas de cobertura ecológica, com incentivos e doações.

Fonte: Cartilha “Edifícios Públicos Sustentáveis” – Programa Senado Verde do Senado Federal
Recriar.com.vc
Data de publicação: 02/02/2011

Detalhamento de projeto de estruturas de aço

A norma brasileira NBR 15575 Desempenho de Edificações Habitacionais de Até Cinco Pavimentos, em vigor desde 12 de maio, estabelece requisitos e critérios de desempenho sob a ótica das necessidades do usuário. Essas exigências, antes subjetivas, tornaram-se requisitos técnicos, com parâmetros determinados. O prazo para adequação de projetos à norma é de seis meses. Assim, a partir de 12 de novembro, todos os projetos protocolados nas prefeituras devem estar de acordo com a Norma de Desempenho.

A norma é dividida em seis partes. A primeira delas define as exigências dos usuários, que se transformam em requisitos tais como: segurança (contra incêndio, no uso e na operação), habitabilidade (estanqueidade, conforto térmico, conforto acústico etc.) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade e impacto ambiental). Cada requisito tem critérios mínimos definidos, ou, se for o caso, são indicadas as normas a serem consideradas.
A vida útil de projeto e a garantia

A norma define o que é a Vida Útil de Projeto (VUP), conceito que difere de prazo de garantia. A VUP é o tempo dentro do qual o edifício e seus sistemas devem atender aos requisitos de desempenho estabelecidos. Já o Prazo de Garantia é o período de tempo no qual a ocorrência de defeitos não pode ser justificada por mau uso ou envelhecimento natural, garantido pelo construtor ou incorporador.

O projeto do edifício deve especificar a VUP para cada um dos sistemas que o compõe (estrutura, cobertura, vedação vertical externa etc.). Os sistemas do edifício devem ser adequadamente detalhados e especificados em projeto, de modo a possibilitar a avaliação da vida útil.

Os prazos mínimos de VUP para cada sistema da edificação são definidos conforme a tabela 1.
Desse modo, as estruturas, independentemente de sua constituição, deverão apresentar uma vida útil de projeto de, no mínimo, 40 anos.

A avaliação do critério de durabilidade é feita pela verificação do cumprimento das exigências estabelecidas em normas brasileiras que estejam relacionadas com a durabilidade dos sistemas do edifício. Exemplos de tais normas são a NBR 6118 (para as estruturas de concreto) e a NBR 8800 (para as estruturas de aço e estruturas mistas aço-concreto). A verificação pode ser feita, ainda, pela comprovação, por ensaios, da durabilidade dos elementos e componentes dos sistemas, ou, ainda, pela análise de campo, utilizando a inspeção de protótipos.
O atendimento à vida útil de projeto

A NBR 8800 trata do dimensionamento de edifícios habitacionais, comerciais, industriais, públicos e também das estruturas que compõem passarelas de pedestres e suportes de equipamentos. Vai, desse modo, além do escopo da NBR 15.575.

O que diz essa norma a respeito da durabilidade? Onde a norma interage com a NBR 15.575 na avaliação da durabilidade? A norma, revisada em 2008, inclui um anexo normativo – o Anexo N – que trata especificamente da durabilidade de componentes de aço frente à corrosão. Esse anexo é um poderoso auxiliar no atendimento da VUP mínima para as estruturas que pertencem ao escopo da NBR 8800.
Quais os pontos fundamentais no Anexo N?

Quando se considera a proteção frente à corrosão de uma estrutura de aço, uma distinção deve ser feita entre as medidas consideradas ativas e aquelas ditas passivas. As medidas passivas objetivam isolar a superfície metálica do ambiente agressivo – caso da pintura ou da galvanização. As medidas conhecidas como ativas, por outro lado, objetivam a prevenção da corrosão – ou sua minimização – pela interferência no processo de corrosão. Como exemplos, temos o controle da umidade relativa do ambiente, o uso de aços resistentes à corrosão atmosférica ou o emprego de boas práticas de detalhamento do projeto.
Escolha do sistema de proteção adequado

Uma estrutura localizada no cerrado brasileiro (por exemplo, Brasília) não necessita do mesmo sistema de proteção frente à corrosão empregado em um ambiente marinho ou industrial. Desse modo, a primeira etapa para uma correta especificação da proteção é a da qualificação da agressividade do ambiente. Esse en-quadramento permite a obtenção do prazo determinado pela VUP a um custo mínimo. Mas como qualificar a agressividade de um ambiente?

A norma ISO 12944-2 pode ser utilizada para essa qualificação. Ela divide os ambientes atmosféricos em seis categorias de agressividade:

Cl: Muito baixa agressividade
C2: Baixa agressividade
C3: Média agressividade
C4: Alta agressividade
C5-I: Muito alta agressividade, industrial
C5-M: Muito alta agressividade, marinho

A tabela 2 reproduz parte daquela existente na norma. Ela inclui exemplos típicos de enquadramento.
Havendo dúvida na qualificação de um ambiente, a categoria de agressividade deve ser escolhida.

Métodos corriqueiros usados na proteção

A pintura e a galvanização dos componentes estruturais são meios comuns de proteção das estruturas. Mas como especificá-las corretamente?

Existem várias fontes de consulta para uma correta especificação de um sistema de pintura. Uma das mais conceituadas é a norma ISO 12955-5. O manual intitulado “Projeto e Durabilidade”, do CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço), disponível gratuitamente para download no website do CBCA, traz alguns dos sis-temas propostos por essa norma.

Como especificar corretamente um sistema de pintura para uma estrutura (externa) localizada, por exemplo, na cidade de São Paulo? A tabela 2 permite enquadrar São Paulo na categoria de agressividade “C3”. Quais os sistemas que podemos escolher para a proteção da estrutura? A observação da norma – ou do manual – mostra várias possibilidades, desde sistemas de “baixa durabilidade’: que exigem manutenção a cada dois cinco anos (por exemplo, um sistema alquídico com espessura seca de 120 micrômetros) até sistemas que necessitam de manutenção em prazos superiores a 15 anos (por exemplo, um sistema epoxídico com espessura seca de 200 micrômetros). É importante ressaltar que nenhum desses sistemas conseguirá vencer a VUP da estrutura sem intervenções para manutenção. Haverá, provavelmente, três grandes intervenções para repintura ao longo de, por exemplo, 40 anos.

Um sistema de pintura mais robusto – como o epoxídico citado acima – permite um menor número de intervenções ao longo dos anos. De modo geral, um sistema mais caro, aplicado ainda na confecção/montagem da estrutura, costuma ser muito mais econômico ao longo dos anos que um sistema de baixa durabilidade.

Como especificar, por outro lado, a galvanização dos componentes? O período de proteção dado pela camada de zinco depende, fundamentalmente, para uma dada agressividade ambiental, da espessura da camada depositada. A norma ISO 12944-2 traz a perda de massa ou de espessura por unidade de área superficial para o zinco (e também para o aço) durante o primeiro ano de exposição, para ambientes de diferentes níveis de agressividade (C1, C2 etc.). A figura 1 traz esses dados em forma gráfica.

Um ambiente C3 – como a cidade de São Paulo – é caracterizado, pela norma, por uma perda de zinco situada entre 0,7 e 2,1 micrômetros por ano, durante o primeiro ano. Assim, os 40 anos exigidos da VUP podem ser atingidos ou suplantados com uma espessura mínima de camada de zinco de 85 micrômetros (ou 610 g/ m2) – um valor mínimo, a ser aplicado segundo a norma ISO 1461. A durabilidade do revestimento de zinco ficará situada entre (85/2,1) = 40,S anos e (85/0,7) = 121 anos, isto é, nenhuma manutenção será necessária ao longo da VUP de 40 anos.

É importante ressaltar que cada caso é um caso. Existem situações em que a pintura é a forma mais econômica de proteção e situações em que a galvanização deve ser o caminho escolhido. Não tenha idéias pré-concebidas a respeito de um ou outro sistema. Não se deve esquecer que o zinco pode ser pintado, com vantagens. A soma dos tempos de proteção oferecidos pela galvanização e pela pintura é sempre maior do que as somas individuais – há sinergismo.

Vamos, agora, abordar uma das mais importantes formas de se controlar o processo de corrosão. Trata-se da aplicação das boas práticas no detalhamento do projeto. É considerada uma medida ativa de controle da corrosão. O manual do CBCA e a norma ISO 12944-3 tratam desse tema com profundidade.
Acessibilidade

Os componentes de aço devem ser projetados para a acessibilidade, com a finalidade da aplicação, inspeção e manutenção do sistema de proteção especificado.

Espaços estreitos entre elementos devem ser evitados tanto quanto possível. Onde não seja possível evitar espaços restritos, por razões estruturais ou práticas, as recomendações descritas na figura 2 devem ser avaliadas.

Algumas regras devem ser, sempre que possível, obedecidas, quando pensamos em acessibilidade:

Todas as precauções de controle da corrosão incluídas no projeto devem ser inspecionáveis, repetitíveis e reparáveis com facilidade, para uma dada localização e ambiente. A figura 3 ilustra uma situação em que o acesso para inspeção e reparo é inexistente.

A manutenção da pintura deve ser feita no menor tempo possível de execução, para a minimização de in-terferências, ou, então, deve ser tão espaçada (no tempo) quanto possível. Esta última opção é especialmente útil para estruturas, equipamentos e componentes localizados em pontos de difícil acesso.

O projeto deve contemplar a redução do custo e do grau de dificuldade da manutenção subseqüente a um mínimo, incluindo o desmonte e remonte eventual de componentes estruturais e equipamentos, limpeza, preparo de superfície etc.

Complexidade

A complexidade excessiva deve ser evitada. Dê preferência à simplicidade e praticidade. A figura 4 mostra como a complexidade pode dificultar – ou até impedir – a manutenção da estrutura.
A retenção de água e sujeira deve ser evitada tanto quanto possível. As figuras 5 e 6 ilustram alguns exemplos de arranjos geométricos considerados bons e ruins.
Frestas

Frestas estreitas e juntas sobrepostas são pontos potenciais para o início da corrosão, devido à retenção de umidade e sujeira – incluindo a existência de qualquer abrasivo utilizado no preparo superficial. O problema potencial deve ser evitado selando-se a fresta. Pode-se utilizar um selante epoxídico, poliuretânico, ou mesmo um silicone que não libere ácido acético durante a polimerização. A figura 7 ilustra a promoção proposital, desnecessária, de frestas.

Soldagem

O procedimento de soldagem é de grande importância no controle da corrosão. Evite cordões de solda intermitentes ou descontínuos. Eles podem reter pó, água etc. A água retida não será rapidamente eliminada, propiciando o ataque. A solda deve ser feita com qualidade e permitir a acessibilidade. (figura 8).

Os cordões de solda não devem possuir imperfeições (asperezas, espirros, furos etc.) que dificultem o recobrimento do sistema de pintura escolhido. Soldas feitas em campo muitas vezes são irregulares e tornam o recobrimento da tinta desuniforme. Haverá pouca tinta nos picos e muita tinta nos vales. O sistema de pintura, desse modo, não atingirá a durabilidade estimada pelo projetista.

Outro problema trata da existência de escória, liberada pelo eletrodo, e não convenientemente retirada. As escórias são higroscópicas. Pelo fenômeno da osmose, o vapor de água migrará tinta adentro, até a interface metal/escória. O processo de corrosão, então, se instalará, e, mais uma vez, o sistema de pintura não atingirá a durabilidade estimada. A figura 9 ilustra o conceito.

Superfície

Contornos arredondados são preferíveis aos cantos vivos, pois permitem a uniformidade do sistema de proteção, caso a proteção seja dada pela pintura. Por conta da tensão superficial da tinta, as arestas receberão uma camada de tinta menos espessa do que aquela depositada sobre as superfícies planas. O revestimento aplicado sobre os cantos vivos apresentam, além disso, menor resistência aos danos mecânicos. Assim, recomenda-se que os cantos vivos sejam arredondados ou chanfrados (figura 10).
Onde e quando for possível, altere a localização dos enrijecedores e componentes semelhantes, do lado exposto às condições mais agressivas, para condições de exposição mais favoráveis (figura 11).

Componentes estruturais que serão decapados (por exemplo, aqueles destinados à galvanização) deverão possuir geometria (e também técnicas de fabricação) que promovam a continuidade da superfície, sem a criação de frestas, bolsões etc. Essa prática impedirá que o ácido utilizado na decapagem penetre e fique retido nas frestas, ocasionando um defeito que é costumeiramente conhecido como “choro” ácido.

Caixas e tubos a serem galvanizados deverão possuir aberturas adequadas, permitindo a entrada e saída dos líquidos utilizados no processo (como, por exemplo, o ácido utilizado na decapagem).

NBR 15575 – Edifícios Habitacionais de Até Cinco Pavimentos – Desempenho, Partes 1 a 6. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 2008.

NBR 6118 – Projetos d’e Estruturas de Concreto – Procedimento. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 2007.

NBR 8800 – Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de Edifícios. Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro, 2008.

ISO 12944-2 – Paints and varnishes Corrosion protection of steel structures by protective paint systems: Part 2 – Classification of environments. International Organization for Standardization, Geneve, 1998.

ISO 12944-5 – Paints and varnishes – Corrosion protection of steel structures by protective paint systems: Part 5 – Protective paint systems. International Organization for Standardization, Geneve, 1998.

Projeto e Durabilidade. F. D. Pannoni. Instituto Aço Brasil/Centro Brasileiro da Construção em Aço. Rio de Janeiro, 2009. Disponível para download gratuito em www.cbca-iabr.org.br.

ISO 1461- Hot dip galvanized coatings on fabricated iron and steel articles – Specifications and test methods. International Organization for Standardization, Genéve, 2009.

ISO 12944- 3 – “Paints and varnishes – Corrosion protection of steel structures by protective paint systems: Part 3 – Design considerations. International Organization for Standardization, Geneve, 1998.

Fonte: Revista Techné – Edição 161
Data de publicação: 10/11/2010

Jardins Verticais em São Paulo

Iniciativa da Empresa Movimento 90 graus oferece solução de mestre para diminuir a poluição, o calor e o barulho em uma das maiores metrópoles mundiais: A criação de parques verticais! Imagine um jardim onde você pode apreciar os mais belos espécimes vegetais e respirar um ar mais puro e fresco, imagine um, não, imagine dezenas deles.

Pois é essa é a ideia central de um projeto para tornar São Paulo uma cidade mais saudável, mais fresca e mais bonita para se viver. O movimento em prol de uma São Paulo menos cinza e mais verde começou em 2013, quando o elevado Costa e Silva, o Minhocão, mudou de cor ao receber uma tapeçaria verde e luxuriante que o cobriu por cerca de um ano em um projeto experimental.

A iniciativa e ideia magnífica são da empresa Movimento Noventa Graus e é amplamente apoiada pela prefeitura que acolhe de abraços abertos à proposta da 90 graus como solução viável para implantação uma melhor qualidade de vida. Com esse projeto é possível que as empresas apresentem uma compensação ao meio ambiente em forma de obras e serviços que amenizem o impacto violento oriundo de ações que degradam o meio ambiente.

Guil Blanche, CEO da empresa, cita como principais benefícios, a melhora na qualidade do ar nosso de cada dia, a redução das zonas de calor e redução da poluição sonora, o que sem dúvida já é um salto tridimensional na qualidade de vida do paulistano. Blanche tem como main goal montar um corredor verde com mais de 50 mil metros quadrados no entorno do elevado com a criação de fachadas verdes emoldurando os prédios que circundam a área.

A prioridade é a gestão

É difícil imaginar uma empresa atual ser capaz de sobreviver sem processos produtivos eficientes, sem conhecer claramente seu mercado e sem zelar pela qualidade dos produtos. Em geral, as melhores empresas do mercado dispõem de um sistema que controla essas demandas, mas nem sempre os clientes sabem disso. Para promover a melhoria constante das empresas e dar maior segurança ao cliente, a ABCEM criou, há cerca de dois anos, o Selo de Excelência ABCEM, concedido às empresas de construção metálica integrantes do seu Programa e Certificação da Qualidade.

O programa possui um módulo obrigatório, que é justamente o Módulo Gestão da Empresa, em que se avalia o sistema de gestão implantado e a conformidade legal da companhia em relação a seus serviços. O programa oferece ainda três módulos eletivos: Projeto, Fabricação e Montagem de estrutura metálica, podendo a empresa certificar-se por um ou mais módulos. A certificação é feita pela ABNT Certificadora, que pertence à Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A Medabil foi a primeira empresa a receber a certificação da ABCEM/ABNT Certificadora, em fevereiro de 2015. “A qualidade do produto sempre foi a principal premissa da empresa e quando falamos do controle de processo, especificações técnicas e engenharia para estruturas metálicas, estamos falando de um processo de alta complexidade e que requer muitos cuidados. Sempre nos baseamos em normas brasileiras e americanas vigentes aplicáveis ao nosso processo, mas os requisitos solicitados pela ABCEM para obter a certificação vieram a agregar ainda mais na gestão da qualidade dos nossos produtos”, explica o diretor Marco Aurélio Ribeiro. A empresa é certificada nas três categorias do selo e as suas três fábricas, com 850 funcionários, estão certificadas quanto ao processo de fabricação.

Antonio Carlos Barros de Oliveira, da ABNT Certificadora, explica que o propósito do programa da ABCEM é olhar para o controle de gestão das organizações. “Ele contempla a análise do negócio, da concorrência, das finanças e do risco, e também a satisfação do cliente e a qualidade da produção e dos produtos”. O executivo vê um grande potencial de adesão ao programa. “Nosso universo de possibilidade está na casa de uma centena de organizações e temos hoje oito empresas detentoras do selo”, afirma.

Empresas que já dispõem de um sistema de gestão implantado – praticamente todas as associadas da ABCEM – têm um caminho relativamente tranquilo para atender ao programa. No caso da Medabil, por exemplo, que já tinha as unidades certificadas por ISO 9001, 14001 e OHSAS 18001, e portanto possuía processos bem definidos, estruturados e controlados, as adequações foram pontuais. Segundo Ribeiro, sequer houve investimento para isso: “As alterações foram absorvidas pelas equipes internas de fábrica, qualidade, engenharia e manutenção, realizando as adequações no processo fabril para atendimento das tolerâncias de fabricação”.

Oliveira confirma a facilidade para a obtenção do selo. O processo de avaliação é rápido e de baixo custo, constituindo-se basicamente de uma auditoria de verificação – que pode levar de 3 a 6 dias – e de auditorias anuais para a manutenção do selo. “O custo do programa varia de 10 a 20 mil reais em três anos”, observa.

Bem-estruturado, o programa de certificação vem subsidiando o texto-base para a futura norma técnica voltada à gestão de execução de estruturas de aço. Sete reuniões de uma comissão de estudo da ABNT já foram realizadas com esse fim. “Desenvolver parâmetros normativos é muito importante para padronizar e otimizar a cadeia de produtos e serviços oferecidos ao mercado”, defende Ribeiro. Segundo ele, em um mercado competitivo, a “padronização do processo de gestão é fundamental para garantir e alavancar resultados”.

Via ABCEM